domingo, 18 de março de 2018

Historia da Agricultura (parte 2)

Era grego-romana
                                                      Camillo Rodrigues Junior
A agricultura na Grécia Antiga

A Grécia Antiga possuía uma economia dinâmica, sendo considerada uma das civilizações da antiguidade que apresentou grande desenvolvimento econômico. A agricultura, o artesanato e o comércio marítimo foram as principais atividades econômicas das cidades-estados gregas. Embora o território grego apresente muitas montanhas, a agricultura foi praticada nos vales férteis. A agricultura foi a base da economia na Grécia Antiga. Uvas, azeitonas e cereais foram os produtos agrícolas mais cultivados pelos gregos. As uvas foram muito usadas na produção de vinho, enquanto as azeitonas na de azeite. Ervas e vegetais também eram cultivados. Porém, conforme a população grega ia crescendo, sobretudo a partir do século V a.C., tornou-se necessária a importação de gêneros agrícolas. A pecuária não se desenvolveu muito na Grécia Antiga em função, principalmente, da falta de áreas destinadas ao pasto. A criação de cabras e ovelhas foram as atividades pecuárias que mais se desenvolveram.  Nas unidades de produção agrícola da Grécia Antiga era comum o emprego de mão-de-obra livre e também escrava.

A agricultura no Império Romano


A agricultura na Roma antiga era tida como uma das principais atividades realizadas para subsistência. . Cícero (106–43 a.C.) considerava a agricultura como a melhor de todas as ocupações romanas. Os agricultores enfrentavam problemas como os de hoje, tais como: imprevisibilidade do tempo, pragas. Por isso Catão (234–149 a.C.), Varrão (116–2 a.C.), Columela (4 d.C.–70) e Paládio (fim do século IV d.C. ou início do século V) escreveram manuais sobre práticas agrícolas. Além disso, estavam expostos à guerra e revolta dos escravos, já que Roma era um império muito grande. Boa parte das terras pertenciam aos aristocratas, e por conta disso não era raro não os encontrar em suas propriedades. A posse da terra era um fator dominante na distinção entre a aristocracia e as pessoas comuns. Quanto mais terra tivesse mais importante era um romano na cidade. Os soldados eram frequentemente recompensados com terra pelo comandante que serviam. Apesar das quintas dependerem de trabalho escravo, homens livres e cidadãos eram contratados pelas explorações agrícolas para supervisionarem os escravos e garantirem que os trabalhos decorriam sem problemas.  
A principal cultura era a espelta (A espelta ou trigo-vermelho (Triticum spelta é uma espécie da família das gramíneas, próxima do trigo. Muito consumida em partes da Europa desde a Idade do Bronze até a Idade Média, hoje é pouco plantada, embora ainda seja cultivada na Europa Central e na Itália) e o pão era o alimento básico em todas as mesas romanas. No seu tratado “De Agri Cultura”, do século II a.C., Catão escreveu que a melhor exploração agrícola é a vinha, a seguir a horta irrigada, plantação de salgueiros, olival, pastagem, terra de seara, floresta, vinha em latada e, por fim, azinhal (árvore para madeiras). Apesar de Roma ser abastecida pelas suas numerosas províncias obtidas militarmente, os romanos abastados desenvolveram a terra em Itália para produzirem várias colheitas
No século V a.C., as explorações agrícolas em Roma eram de pequena dimensão e de propriedade familiar. Na mesma época os gregos antigos já tinham começado a usar rotação de culturas e tinham propriedades agrícolas de grande extensão. O contato de Roma com Cartago, Grécia e o Oriente helénico nos séculos III e II a.C. contribuiu para o aperfeiçoamento dos métodos agrícolas romanos. A agricultura romana atingiu os seus máximos de produtividade e eficiência durante o fim da república e início do império.
As explorações agrícolas romanas podem dividir-se em três categorias em termos de tamanho: as pequenas tinham entre 18 e 108 iugera (equivalente a 4,5 a 27 hectares, considerando que 1 iugerum = 0,25 ha); as médias tinham entre 80 e 500 iugera (20 a 125 ha) e as grandes, chamadas latifundia (latifúndios), tinham mais de 500 iugera. Na fase final do período republicano o número de latifúndios aumentou. Os romanos ricos compravam terras aos camponeses que não conseguiam garantir o seu sustento. A partir de 200 a.C., os camponeses começaram a ser recrutados por períodos de tempo mais longos para combaterem nas Guerras Púnicas.

Relevo representando uma máquina de ceifar (vallus) galo-romana


Relevo representando a colheita de azeitona

As vacas produziam leite e os bois e mulas faziam os trabalhos agrícolas pesados. Ovelhas e cabras eram usadas para a produção de queijo e eram também valiosas por causa das suas peles. Os cavalos eram pouco usados na agricultura, mas eram criados pelos ricos para corridas ou para a guerra. Era também produzido mel e alguns romanos criavam também caracóis como comida de luxo.
Os romanos tinham quatro sistemas de gestão agrícola: trabalho direto pelo dono e a sua família; parceria rural, na qual o dono e o inquilino dividem a produção; trabalho forçado por escravos cujos donos eram aristocratas e que eram supervisionados por capatazes; e outras formas que passavam pelo arrendamento de terras.
Catão foi um político e estadista do período médio-final da república que descreveu uma quinta de 100 iugera. Na sua opinião, uma quinta dessa dimensão devia ter um capataz, a mulher de um capataz, dez trabalhadores, um condutor de bois, um condutor de burros, um encarregado da plantação de salgueiros e um guardador de porcos, num total de 16 pessoas; dois bois, dois burros para puxar carros, um burro para trabalhar no moinho; três prensas completamente equipadas, talhas de armazenamento na qual cinco colheitas de uva totalizando 800 cullei (413,600 litros) pudessem ser guardadas, vinte talhas para bagaço de uva, outras tantas para cereais, seis meias ânforas tapadas com vime, quatro ânforas tapadas com vime, dois funis, três filtros de vime, outros tantos para mergulhar a flor, dez talhas para o mosto, etc,



Lâmina de enxada

A responsabilidade pela propriedade e pela produção era deixada nas mãos de um feitor contratado. Ficava sob sua responsabilidade também os escravos e empregados nas plantações. As ferramentas utilizadas nas plantações e na vida dos romanos eram feitas por artesãos. Eles costumavam fazer de sapatos a arados. Assim como na agricultura egípcia, os romanos utilizavam o arado com auxílio de gado para semear a terra, assim como um arado que poderia ser usado por apenas uma pessoa.

Também provinham de instrumentos maiores para a realização da colheita, sempre como auxílio de animais, empregados e/ou escravos. A utilização de um animal junto a ceifadeira, por exemplo, já caracterizava aquela colheita como mecanizada.


Também cultivavam e extraiam o azeite das azeitonas, e para isso havia um moinho específico que poderia ser girado por homens ou por animais. Um desses foi encontrado em Cafarnaum, na Galileia.


Os romanos melhoraram suas plantações através de irrigação, que seguiam através de aquedutos. Hoje, já é possível ter muitas provas do quão mecanizadas estavam as plantações romanas, como vários moinhos de trigo, moinho para extração do azeite de oliva, ceifeiras, entre outras.






Um comentário:

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